Desde muito cedo percebi o meu desejo em ser médica. Assim iniciei minha carreira de médica aos 23 anos e no proximo ano faço 40 anos de formada num caminho cheio de buscas e aprendizados com encontros que nortearam o meu caminhar.

O 1º encontro se deu na residência médica, um staff do Hospital atendia crianças com problemas neurológicos e prescrevia medicamentos homeopáticos além do que faziam uso da alopatia, e o retorno era muito positivo. Me chamou atenção aquela forma de tratar. Ele um neuropediatra homeopata unicista.

Ao final da residência, que fiz no Rio de Janeiro, retornei a São Luís, minha terra natal, e atendendo adultos e crianças percebi que não havia muito a fazer, as pessoas voltavam com as mesmas queixas e só restava aumentar as doses de ansiolíticos. Me questionava sobre esta forma de tratar.

Lembro da história de Samuel Hahnemann, a sua frustração com a Medicina quando não pode salvar um amigo da morte. Deixou a Medicina, fechou o consultório e foi ser tradutor de obras clássicas, traduziu livros de Hipócrates e nestes leu “o semelhante cura o semelhante”.

E ali iniciou sua busca pelo simillimum.
O semelhante capaz de curar o homem doente. E assim decidi retornar ao RJ para estudar Homeopatia Unicista. No caminho de escolha da escola de aprendizado da mesma, escolhi o Instituto James Tyller Kent, uma escola de homeopatas unicistas, a qual nutriu o meu saber mas também minha alma com tudo o que ali era transmitido.

Se passaram 3 anos, e iniciei meus atendimentos como homeopatia unicista. Mas, nós médicos transitamos pelo universo psíquico do paciente mas muito pouco sabemos deste. Busquei outros métodos.

Conheci a Escola Dinâmica Energética do Psiquismo, e após 4 anos de processos terapêuticos na busca pela manifestação do Essencial. Acrescentei essa metodologia aos meus atendimentos. E continuei o caminho na busca por ferramentas que pudessem trazer melhores resultados ao meu paciente. Muitos foram aqueles que me ensinaram.

Nesse interim a experiencia organizacional na qual vivia me levou gradativamente a expandir meu olhar, do uno para o todo. A compreensão que estamos todos inseridos num sistema. E então, nesse momento me deparei com o fato de que esse paciente, essa pessoa estava também inserida num sistema, um sistema familiar. E que muitas vezes o tratamento não era eficaz por que haviam questões a serem tratadas que eram inerentes ao sistema e não somente ao individuo. E assim iniciei a minha primeira Formação em Constelações Familiares segundo Bert Hellinger.

E esse descortinar do adoecer ia se dando sucessivamente ao meu próprio processo pessoal. Pois sempre acreditei que para oferecer algo bom para meu paciente, para aqueles por mim assistidos, eu precisava vivenciar antes.

Havia uma busca pessoal também, não só profissional. Pois meus caros (as) somos pessoas, indivíduos não segmentados, somos um todo fazendo parte de um grande Todo. E o meu anseio crescia por algo que nem mesmo sabia onde estava.

E as demandas no consultório foram me levando pouco a pouco a buscar outras ferramentas para agrega-las a minha prática. E assim as crenças limitantes, padrões de comportamento repetitivos, adoecedores, me levaram a busca pelo Coaching Co-active na Espanha e também ao Psych K.

E o caminho ia se mostrando com um florir de métodos e técnicas como uma palheta de cores a serem usadas para esta ou aquela pessoa de acordo com a sua necessidade e parafraseio Hahnemann, naquilo que é o digno de curar, que levará aquele individuo a realizar o melhor de si. E assim lentamente as névoas se dissiparam para me mostrar o que eu buscava. Cheguei então, a Libre Université du Samadeva, onde pude conhecer Idris Lahore e tudo o que ele transmitiu através de palestras e dos mais de 200 livros que escreveu. Um lugar onde os métodos ensinados visam saúde, o bem estar, a harmonia e sucesso na vida pessoal, profissional e familiar.
E aqui posso citar a Yoga de Samara que com a sua doçura nos leva ao reencontro consigo mesmo. As técnicas energéticas visando o equilíbrio destes sistemas, destes redes que permeiam o corpo todo do ser humano.

As Técnicas Transgeracionais Sistêmicas e Ancestrais, as constelações segundo Idris Lahore onde os três pilares do ensino são o saber, o saber fazer e o grande diferencial o saber SER.
Tudo isso se somou, se soma a minha prática como médica, terapeuta e Consteladora.

E o que isso pode trazer para o paciente ?
Ampliar a nossa noção de adoecimento, do que é realmente a saúde. Ao longo destes quase 40 anos de atendimento passando também pelo mundo organizacional me mostrou o quanto complexos somos e que necessitamos de várias formas de tratamento que incluam a visão do uno e do todo, daí nasce o nome que dei ao meu trabalho, holossistêmico. O olhar voltado para o indivíduo mas incluindo o todo no qual ele está inserido, ao qual faz parte. Medicina Holossistêmica.